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quinta-feira, 31 de maio de 2012

Falta de respeito

Ao mesmo tempo que não conseguimos viver sozinhos, temos a necessidade de conversar, trocar experiências e procriar, existem momentos em que ninguém pode lhe ajudar. Não adianta buscar, chorar, ligar. Tem atitudes que só dependem de nós, dizer sim ou não. Saber até aonde podemos ir e qual é o limite. O respeito por exemplo, está difícil de ser encontrado, mas não podemos simplesmente deixar de procurar, e sim buscar em nós esse sentimentos e independente que que lhe fizerem o seu respeito por si mesmo não pode ser abalado. Em situações cotidianas, essa falta de respeito impera e pode nos tirar do sério. Ontem eu liguei para marcar uma consulta médica e como era no horário do almoço, minha ligação caiu na secretária eletrônica pedindo para que eu deixasse nome e telefone que eles retornariam assim que possível. Após 01 hora, a recepcionista me liga e diz: ELA: Karina? EU: Sim, sou eu. ELA: Aqui é do consultório da doutora X e nós só temos consulta para daqui a 2 meses, mas hoje tivemos uma desistência para amanhã às 10h, tudo bem? EU: Amanhã infelizmente eu não posso, porque minha irmã vai fazer uma cirurgia e eu vou acompanhá-la no hospital. ELA: Ah, então PACIÊNCIA, só temos consulta para daqui a 3 meses. TU TU TU TU.... EU: GROSSA. Desliguei o telefone, um pouco desconcertada e, é claro com muita raiva. Na hora me deu vontade de ligar no plano de saúde e reclamar do atendimento, mas percebi que isso pouco adiantaria. Depois pensei em ligar novamente e mandar ela para o quinto dos infernos, mas fiquei receosa, pois ela tem o número do meu telefone e pode me atormentar pelo resto da vida. Ai eu respirei, contei o ocorrido pra minha mãe, desabafei e me senti melhor disposta a dar risada da ignorância da pessoa. Eu mal desliguei da ligação com a minha mãe e o telefone toca novamente. Quem era? A recepcionista sem educação. EU: Alô. ELA: Karina? Aqui é do consultório da doutora x, eu..... EU: Ah, sei. Você acabou de me ligar dizendo que tem consulta para amanhã, mas eu não vou poder ir. ELA: NÃO... É que tem dois números de telefone aqui, tô ligando pra saber se é seu. EU: Não, eu sou liguei ima vez. ELA: Ah, então marca outra médica porque aqui só tem consulta para daqui a 3 meses. EU: Tá bom, tchau, TU, TU, TU. Depois disso pude perceber que não tem motivo para ficar nervosa, porque a pessoa além de ser grossa é desprovida de inteligência e no final das contas eu tenho que agradecê-la por não ter conseguido marcar uma consulta com uma médica que aceita essa tipo de pessoa para trabalhar com ela. Obrigada!

quinta-feira, 22 de março de 2012

Anjo triste.

A música que me define hoje é via láctea da legião urbana.
Sabe aqueles dias que realmente parece que vem um anjo triste do seu lado e você fica angustiado por tantas coisas que afinal de contas já nem sabe mais qual o real motivo por estar assim?
Acho que tudo que não é bem resolvido cria uma pendência em nossa consciência e a longo prazo essa “dívida” se torna doença física ou mental.
Hoje sinto que tudo passa tão rápido e por mais que eu queira as pessoas quando falo A entendem B e talvez até um W, de tão distante a interpretação que fazem.
Os anos se passam, as responsabilidades aumentam, se fala menos e sente-se mais. Menos sorrisos e mais problemas.
Os medos sempre existirão, não importa quantos anos tenhamos, ele só muda o foco. Quando somos pequenos temos medo do escuro, quando adolescentes das provas, quando adultos temos medo de não ter dinheiro para pagar as contas no fim do mês e quando velhos, temos medo da morte.
Hoje se me perguntarem do que tenho medo? Respondo que tenho medo das pessoas. Medo da desunião, do egoísmo, da traição, da mentira, da falta de amor, da falta de respeito.
Não sou contra a evolução, aliás seria entendida como uma velha de 287 anos se dissesse isso, mas acho que não estou preparada para o mundo de hoje. Esse corre corre todos os dias o tempo todo me cansa. Me cansa ser empurrada no metrô 4 vezes por dia cinco vezes por semana. Me cansa o carro que não para no farol, me cansa as pessoas gritando na rua às 3h da manhã de uma terça-feira, me cansa um bando de moleques tentando me roubar com 12 anos de idade, me cansa a falta de senso de ridículo, e muito me cansa a falta de respeito pelo ser humano.
Somos todos apenas mais um no mundo. Fala-se tanto da individualidade de cada um, mas qual a real importância disso?
Será que todas as pessoas estão super felizes porque são seguidos por um número x de pessoas no facebook e todos comentam suas fotos?
É muito divertida a vida “fora da realidade”, a vida virtual, as viagens, baladas, as amigas são sempre mais simpáticas e gostosas do que as esposas, assim como a tiazinha do café sempre compreende você melhor do que a sua própria mãe.
Na verdade sinto lhes dizer, mas a diferença entre as pessoas chatas ( mães e esposas) e as legais ( amigas gostosas, amigas virtuais e tiazinhas sem filhos) é que as primeiras realmente se importam com você.

domingo, 14 de agosto de 2011

Impressões

É estranho observar como o tempo muda as coisas. Os lugares se tornam diferentes, embora sejam os mesmos lugares. Quero dizer que as sensações que algo lhe transmite são únicas.
Não sei dizer se feliz ou infelizmente, pois as impressões dos lugares se tornam nem piores, nem melhores, apenas diferentes.
Lembro-me da escola, que para mim não foi uma experiência tão boa, com certa tristeza e dor, quando é chegada à época das eleições, entro por aqueles portões azuis como se estivesse indo para a jaula para ser devorada pelos leões famintos, mas quando dou o primeiro passo adentro vejo que aquele foi o meu tormento por muito tempo, mas hoje aquele mundo já não é meu. Existem muitos outros jovens ocupando a vaga que um dia foi minha e tendo sentimentos talvez mais nobres que os meus.
Olho para os lados tentando encontrar algum rosto conhecido e não vejo nada. Saio aliviada por saber que o tempo passou e que hoje posso fazer diferente e ser o que realmente sou, sem medo ou vergonha.
Profissionalmente é a mesma coisa, não adianta retornar a um antigo emprego acreditando que tudo voltara a ser igual, isso é uma ilusão. As pessoas mudam, algumas saem, outras substituem e a vida acontece para todos. Cada um seguindo o seu destino.
Podemos pensar que talvez isso tudo seja uma droga, mas o que já foi, foi e não volta mais. Não adiante chorar, espernear, bater, gritar, não adianta nada.
Por outro lado é muito bom saber que tudo muda o tempo todo. É muito bom poder rir das suas bizarrices e pensar: Como eu pude fazer isso? Sem a dor de querer mudar e sim ter a capacidade de entender que o tempo era outro e lhe permitia fazer o que foi feito.
Tenho vontade de ir até a casa que minha avó morava em Santo Amaro, quero ver como está aquela casinha pequenininha que ficava atrás das bananeiras e que me fez tão feliz brincando de peixe. Eu enchia um saco transparente de água do tanque e colocava várias cascas de laranjas, os peixes, e ali eu era capaz de passar a tarde toda brincando sozinha. Parava apenas quando minha avó me chamava para jantar e depois fazer a sessão das frutas e depois a sessão dos doces. Essa última era bem curta, pois minha avó tinha diabetes e como ela não ligava muito para a doença, meu avô falava: Dôoo, só um pedacinho!!!
Ela fingia obedecer e ele fingia também comer só um tequinho quando na verdade corria para o banheiro comer os doces escondidos para que ela não ficasse com vontade.
Queria voltar lá para ter isso de volta, mas isso seria impossível, pois quem fazia com que tudo isso acontecesse já não está mais lá, nem a Dô, minha vozinha Dolores e nem o Gê, meu vozinho Germano.
Ficam as saudades e a lembrança de um tempo bom.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

2011

Tanto tempo se passou e com ele todos os bons sentimentos, a amizade, o carinho e a compreensão. Hoje tudo parece mais fácil, basta ligar um plug na tomada e pronto conseguimos nos transportar para outra realidade.
Antes tínhamos o icq, que se transformou em msn e depois vieram o Orkut, twitter, facebook, e tantos outros que desculpem- me, mas meu raciocínio já não consegue acompanhar, todos eles definem-se como redes sociais e fazem enorme sucesso em todo o mundo.
É muito estranho para mim, ver que as pessoas tem centenas de amigos virtuais e milhares de seguidores, são atualizadas a cada segundo sobre os novos acontecimentos, mas estão vazias de emoções reais.
Durante o dia, todos se comunicam incessantemente sobre banalidades, vida de artistas, trocam emotions dos mais inimagináveis, inventam gírias e abreviações para facilitar a comunicação e torna-la mais rápida e divertida.
Postar novas fotos é algo que aproxima muito os amigos e gera assunto por alguns minutos, pois logo virão outras fotos de outros amigos e como todos sabem o tempo é muito curto, há muito que comentar.
Não nego a importância de toda essa informatização e rapidez na comunicação, apenas questiono a substituição desses meios pelo chopp no fim do dia, um telefonema, um jantar ou uma visita espontânea.
Estamos carentes de contato humano, tudo parece mais fácil e quilômetros de distância. Falamos tudo o que pensamos diante de uma tela de computador, mas já não temos a capacidade de olhar nos olhos quando falamos.
Lembro-me que quando era pequena me perguntavam que era a minha melhor amiga e eu respondia sem hesitar, hoje penso, penso e não consigo responder com convicção a esta pergunta. Hoje os abraços são todos fraquinhos e rápidos e não mais como antes, aqueles que chegavam a doer às costelas e demoravam minutos para chegar ao fim.
Tenho saudades das gargalhadas que me faziam chorar de tanto rir, do encontro com as amigas para arrumar os cabelos ou simplesmente ver um filme ou passar à tarde sem fazer nada, juntas sempre.
Hoje tentamos relembrar tudo isso virtualmente e por quê? Porque não podemos ter a realidade de volta, porque nunca temos tempo para nada? Não tenho a resposta, mas deveríamos viver bem o hoje, não apenas relembrando como foi bom somente tudo aquilo que já passou como se o hoje estivesse perdido.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Fogo!!!

Vida de pobre é uma merda...
Tudo começou quando fui fazer minha marmita de amanhã. Coloquei cinco nuggets no microondas e liguei 10 minutos na função cook.
Fui para a sala, liguei a tv e fiquei esperando apitar para virá-los do outro lado. Passado uns 5 minutos eu percebi um barulho estranho, mas achei que era uma pipoca velha que tinha ficado lá dentro.
Quando deu 7 minutos eu começei a sentir um cheirinho de queimado, e ai resolvi ir até a cozinha para tirar a pipoca lá de dentro e resolver o problema. Infelizmente para minha surpresa o que tinha lá dentro não era uma pipoca e sim fogo, muito fogo.
Confesso que fiquei com medo de desligar o microondas da tomada e tomar um choque 220V.Então, apertei o botão para cancelar e abri a porta, ok, e agora? Eu pensei vou pegar o extintor de incêndio, mas ai eu lembrei que não tenho um. A solução foi água mesmo. Joguei uns 5 copos cheios e finalmente o maldito nuggets torrado que mas se parecia com um carvão na churrasqueira se apagou.
E o pior ainda está por vir: o cheiro.
Tá parecendo que eu fiz churrasco aqui no apartamento com todas as janelas fehadas. Meu cabelo cheira queimado, além de todos os comodos da casa, roupas e porque não dizer até o corredor do prédio cheira queimado.
Achei que o zelador ou a vizinha do lado iam interfonar aqui para saber se eu estou viva, mas não, ninguém ligou. Acho que eles pensam que eu realmente sou muito boa mesmo e resolvi o incêndio sozinha ou que eu morri queimada, mas isso ai já não é problema deles, "deixa que o marido dela resolve isso".
Enfim, lavei o causador do fogo umas 15 vezes, abri todas as janelas, mas não está adiantando muito, já faz uma 3 horas do ocorrido e ainda me sinto numa churrascaria.
No final das contas quase coloco fogo na casa e ainda fico sem mistura para amanhã.
Não ia contar, mas vou. Eu fui a culpada e não o nuggets. Eu tinha que ter ligado o microondas na funçao grill e não cook. Pronto me sinto mais leve. Fim

domingo, 27 de março de 2011

Sonhar

Pensei agora em escrever sobre sonhos e nesse momento passa um turbilhão de pensamentos e ideias na minha cabeça, que quase me fazem perder o eixo.
Como é bom acreditar que tudo pode mudar e que independente das pessoas e das desgraças que ocorrem no mundo ainda é possível fazer diferente. Não digo que é fácil, mas é possível e ter ciência disso é incrível.
Será algum hormônio, falta de identidade, bipolaridade?
Sinceramente não sei a resposta. Em um momento a tristeza parece tomar conta, nada faz sentido, tudo é cinza e sem sal. De repente sem motivo nenhum toda aquela tristeza antes sentida, transforma-se em força de trabalho. Vontade de criar de fazer tudo e sem saber por onde começar.
Quando era mais nova, eu ligava para as pessoas que gostava e dizia que as amava, acho que era uma maneira de exteriorizar esse bem estar.
Agora estou escrevendo, ou poderia simplesmente dar um abraço no meu marido ou chorar de um filme de romance.
As emoções são tão grandes e mudam tão rápido. Quisera eu manter esse bem estar sempre e dar menos importância aos problemas. Pensar menos.
Alguém vive de sonho? Eu sonho em poder viver escrevendo meus livros quietinha no meu canto ganhando vários mil reais por mês, e assinando um contrato com um grande jornal para escrever uma crônica semanalmente.
Que maravilha seria poder acordar tarde, dormir tarde e ter como escritório uma mesa embaixo de uma janela ensolarada acompanhada de uma grande xícara de café e uma conta bancária bem gorda.
Embora eu saiba que não se pode viver de sonho, poder vivenciá-los na imaginação é algo quase tão bom quanto realizá-los.

domingo, 13 de março de 2011

Vazio

Tenho a sensação de estar só.
O telefone da minha casa não toca, não recebo e-mails e quando convido as pessoas para virem em casa, nunca dá certo.
Será que a culpa é minha?
Sinceramente não sei. O que sei é que estou me tornando uma pessoa amargurada, triste e descrente do ser humano.
Eu sempre fui uma pessoa querida, pelo menos eu acreditava nisso, e quando mais precisei onde estavam todos?
Talvez seja tarde para recuperar o tempo perdido. Sinto falta de algo que realmente importa.
Hoje as pessoas são cada vez mais estúpidas na rua, no trânsito, no trabalho e em todos os lugares. O pior é que antes eu ficava triste, agora eu ignoro. Achava sinceramente que ignorar me faria bem, mas não faz. Eu ainda, lá no fundo, sou a mesma menina, mas agora choro somente por dentro.
A ignorância, o descaso, a falta de respeito, doem fundo e eu finjo não ligar. Passo por cima disso e não comento nada, ponto final.
Na verdade, dentro do meu peito, tem uma grande interrogação. Porque as pessoas são assim? Porque eu estou me tornando isso?
Eu não quero ser mais uma amargurada que a vida transformou em uma pessoa solitária.
Dizem que ninguém vive sozinho, deve ser verdade. É muito ruim não ter com quem dividir as risadas e os problemas. Mas isso deve ser natural, as pessoas devem se procurar quando está tudo bem e quando está tudo péssimo, quando nasce um filho e também quando não tem nada pra dizer. Isso é a verdadeira amizade.
Amigo sente falta do outro. Não há falta de tempo que possa afastar definitivamente as pessoas.
Eu sempre procurei estar perto de um jeito ou de outro das pessoas que gosto, mas dói muito quando não há resposta.
Sempre quis muito bem a todos e nesses momentos penso se algum dia fui querida de verdade.
Outro dia convidei 08 amigas, um clube da Luluzinha para beber e falar de tantas coisas que há tanto tempo não ouvimos das outras. Estava toda animada com o encontro e sabe quantas vieram?
Nenhuma.
Isso já faz 3 ou 4 semanas e ainda estou assim chata. Acho que estou crescendo e infelizmente percebendo que nesse mundo cão é cada um por si e quem for fraco que viva na sua própria solidão.