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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

O que importa?

Ao andar pelas ruas vemos muitas pessoas arrumadas e cheirosas. Rapazes de terno e gravata, moças exuberantes maquiadas de salto 15 e automaticamente nós mulheres pensamos: “Nossa, queria ter a barriga assim, os olhos azuis, ser magra como a minha prima, ter cabelo liso como a amiga, o pé 35, a pele de pêssego, peitos de silicone, e as pernas duras sem celulite nem estrias na bunda. E o meu marido? Porque ele não é assim bonitão? Queria que ele tivesse 1,80, os olhos verdes, a barriga tanquinho, estabilidade financeira, boa conversa, que fosse: simpático, divertido, amigo, compreensivo, sem muitos cabelos no peito, com coxas definidas, covinhas nas bochechas, sorriso de moleque e responsabilidade de homem.”
Ufa...só isso?
Será que não estamos exigindo muito de nós mesmas e dos outros?
Idealizamos pessoas perfeitas que na verdade não existem. Mesmo aqueles que achamos que são felizes porque são ricos ou bonitos, não são. Não compreendemos é que mesmo detentor de uma qualidade desejada por nós, eles continuam insatisfeitos.
Quem tem cabelo curto, quer ter comprido. Quem mora de aluguel quer ter casa própria e quando conseguem ter a tal sonhada casa própria, sofrem por não ter um apartamento na praia ou um carro do ano.
E assim passam-se anos e anos de reclamação, insatisfação e inveja.
O que infelizmente poucos percebem é que a melhor cura para esses males é doar-se para o outro.
E alguns falam assim:
Eu? Você deve estar brincando que eu vou trabalhar para os outros de graça.
Engana-se quem pensa que ajudar alguém é fazer um favor, na verdade ao ajudar seja financeiramente, com o trabalho físico, contando uma história para uma criança doente, doando um cobertor velho ou conversando com um idoso por 5 minutos no ponto de ônibus, quem saí ganhando somos nós.
Ganhamos sorrisos, gratidão e por um momento ambos, quem ajuda e quem é ajudado, se esquecem dos problemas.
Sentir-se útil é maravilhoso e fazer alguém feliz então é melhor ainda.
Quantos precisam de nós e quanto tempo é perdido com indagações inúteis? A crítica destrói e a caridade dignifica.
Se nada podemos fazer por falta de tempo, então ao menos pense duas vezes antes de falar e correr o risco de magoar alguém. Respire fundo quando estiver nervoso, não seja grosseiro com o porteiro, o lixeiro ou com o garçom. Converse em família, telefone para os amigos e seja humilde a ponto de reconhecer seus erros.
Enquanto auxiliamos alguém, percebemos que nossos problemas não são os maiores do mundo e então nossa dor reduz e conseguimos ter discernimento para resolver o que nos incomoda.