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domingo, 14 de fevereiro de 2010


Arli, minha Alli.
Um ponei? Como assim???? Como uma pessoa tem um ponei? Eu quero um filhote de elefante. Sexta- feira que antecede o carnaval estou na fila do Pão de Açucar comprando suco de polpa, que é mais barato, e na fila a moça da frente diz ao celular: - Sério pá? Mais uma princesinha para o nosso haras, a mã vai amar. E eu pensando, mais uma? Quanto vale um ponei? E para minha surpresa pesquisando no google, descobri que um ponei custa R$ 700,00. Que decepção, só isso? A menina era tão pomposa e cheia de abreviações carinhosas que realmente me surpreendeu com esse valor, e detalhe, incluindo a vermifugação. Infelimente meu sonho não é ter um ponei baratinho, mas sim um elefante. Eu amo elefantes e desde que eu andei em um ou melhor em uma elefoa o meu amor só aumentou. Agosto de 2009, Buenos Aires e o relógio marcando exatas 09 horas com 32 minutos de uma manhã extremamente chuvosa, um dia antes do meu retorno para o Brasil. Descobri que em um lugar chamado Luján, havia um zoológico, no qual se podia entrar na jaula dos tigres, alimentar os leões marinhos, acariciar os filhotes de onça e o melhor de tudo: andar de elefante. Quando fiquei sabendo disso, surtei. A viagem de Buenos Aires a Luján era de 2 horas de ônibus e isso não era um problema, o pior era o medo de que a chuva impedisse que o zoológico abrisse suas portas para mim. Ao telefonar, a proprietária disse que se a lluvia não parasse, o zoológico não abriria pois ficaria impossível caminhar sobre o lamaçal. Inconformada com a impossibilidade de dar uma voltinha de elefante, fui mesmo assim. Chegando ao local, os portões estavam abertos, porém não havia uma alma viva pelo local. - Hola! Que tal? Hay alguna persona aca? - Sí, como no. Sim, sim, sim, havia uma pessoa!!!! A proprietária disse que resolveram abrir, porém eu era a primeira pessoa a entrar no zoológico. Uma guia foi mostrando tudo, os pássaros, o macaco, os ursos, e finalmente o momento tão esperado chegou... me deparei com um espaço imenso onde uma placa indicava que ali era o habitat das elefoas. Meu coração disparou ao ver uma delas vindo em minha direção, me senti uma criança ganhando sua primeira bicicleta. Ela era tão grande, e as orelhinhas abanando, como um cachorro abana o rabo. Subi uma escadinha e o adestrador foi comigo, demos uma voltinha, na verdade duas ( eu não poderia ter perdido essa oportunidade), e foi tão maravilhoso estar ali tão perto de um animal tão grande e ao mesmo tempo tão indefeso e dócil. Eu nunca mais esqueci seu olhar. Seu nome é Alli e ela tem 14 anos. Esses dias, como todos os dias, estava com saudades e decidi procurar no google sobre ela, encontrei. Ela está bem e linda como sempre, no vídeo toma banho com a amiga elefoa. Descobri que na verdade ela se chama Arli, mas para mim ela sempre será a minha Alli.