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domingo, 27 de dezembro de 2009

Escrever

Às vezes da preguiça de pensar, e da medo de sonhar. Já não tenho a inocência de criança, e acredito estar mais petrificada por dentro devido aos anos já vividos, mas isso não me tira a fé nas pequenas coisas, e nem que seja arriscado e perigoso sonhar, me vejo longe em outro país, feliz, de terninho rosa distribuindo autógrafos e observando a melhora das pessoas por interferência das minhas palavras.

Aliás o que mais importa são as palavras, me peça pra falar e talvez não saia nada, ou quase nada, então me dê uma chance de escrever. Com caneta e papel na mão as coisas são diferentes, entro no mundo da imaginação, que nem sempre é feliz, mas é real pra mim, e lá consigo ser o que quero ser, mostrar o que sou de verdade sem receber criticas ou olhares sem sentido.

É dolorido apresentar um texto, uma poesia, é como se as pessoas estivessem folhando a minha playboy, o que de mais intimo e pessoal existe, o que me leva a apresentar alguns dos meus textos, são aqueles em que me refiro a população em geral e nunca na primeira pessoa, pois esses nem meus pais leram, talvez um dia tenham curiosidade de ler quando acharem os meus cadernos perdidos entre coisas velhas esquecidas em casa, em caixas de mudança.

Um texto, um desenho pra mim é como um filho (que eu ainda não tive, mas imagino como deverá ser), é algo único, que tenho cuidado, guardo um por um no computador e escritos a mão para garantir que eu nunca os perca, e quando perco algum... choro e sinto uma dor enorme no meu peito pois sei que nunca mais escreverei daquela maneira, choro pela morte de uma idéia, que pode sim ser escrita novamente, mas nunca da mesma maneira.

Sonho em viver do que mais gosto de fazer na vida, no que me dá prazer e faz o tempo voar.

Cada vez que coloco o ponto final sinto ter cumprido uma missão.

Mas para que essa missão se cumpra com toda pompa e circunstância preciso de vocês, leitores.

Leiam-me, leiam-me.